Xilogravura
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhsZZDitEp12gQdEwevs3QuKNppXRnbcl0CUCvGcIJmh3K4jLamspM-elxB1M7GaXjrc9JQvNPPgAm6bmwhQ83WNl5o1Qq3vHBlDHRD1DIM5e-iSTHkzS7R1Y5LlDgLYDZ1CdY_TzzzH-dL/s400/02_l.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjsY4vy9ZUVt7MxWvC2Q19QWxMbGqrKv3UJiziM6oDrwN83BJiugwCzGmmEXGURzKjMugX4BazJugTDdZKG2nBwQJMNnWfuqWk5SpRY4-XlDOfHq1Kqrqif8nMLuwvfrlxNF0_Lqeouy6c3/s400/03_l.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEh80GzJDxhtT98skLmjBJvrRR4O0wB3P-7WJPj-NMwmHmoBU5g50oyGYB0zraMV-DXVVu37SdDGRo4Hw_L8Agx8PFrMfm6ueJziDZJ8BHSRz6h_6u9mv9oWvP8UkQLQtfTW8bLvD0onqjzw/s400/04_l.jpg)
J. Borges
José Francisco Borges ou J.Borges, como prefere ser chamado, é considerado o maior gravador popular em atividade no Brasil. Admirado pelo escritor e amigo de longa data Ariano Suassuna, J.Borges traduz em versos e traços o imaginário nordestino, dos costumes às lendas fantásticas.
Aos 20 anos, José Francisco Borges começou a comprar e vender cordel para sobreviver. Até que escreveu o seu primeiro cordel em 1964, com uma gravura emprestada. Na segunda publicação, arriscou fazer a própria gravura. E deu certo, sem qualquer tipo de aprendizado. Tudo na tentativa. Foi assim que surgiu um artista que passou a ser admirado em sua própria região, no Brasil e em diversos lugares do mundo. J.Borges coleciona viagens e exposições em vários países. “Estranho quando as pessoas falam em eu deixar a minha cidade. Sou como um índio que não abandona a sua aldeia. De Bezerros faço o que faço e mando para o mundo inteiro”, comenta.
Normalmente, ele escreve quatro ou cinco cordéis por ano, tanto para a venda quanto para encomendas. J.Borges deve a sua vida ao cordel, não somente pelo aspecto financeiro. Cordel é o seu jeito de ser. “Quando criança, a minha única diversão era o meu pai ler cordel para mim. Era a diversão, era a maneira de saber das notícias e era também a aprendizagem. Eu freqüentei apenas 10 meses de escola. Eu desenvolvi a minha leitura por meio do cordel”, revela.
Atraídos pela riqueza histórica dessa obra, a partir de 1970, artistas plásticos, intelectuais e marchands passaram a fazer encomendas das xilogravuras, fortalecendo progressivamente a obra. Capas de discos, livros e outras publicações, premiações de instituições nacionais e internacionais revelaram a qualidade da produção artesanal do artista popular.
J. Borges tornou-se um dos mais famosos xilógrafos do Mundo, publicou vários álbuns de xilogravuras e seu trabalho forma acervo de museus como o MoMa de New York, MASP, MAM e Pinacoteca de São Paulo.
Givanildo
Nascido em Bezerros, Estado de Pernambuco, a 8 de Julho de 1962, Givanildo Francisco da Silva aprendeu a técnica da xilogravura observando o trabalho do seu tio J. Borges. Sem incentivo para se desenvolver no domínio dessa arte, durante muitos anos sua única fonte de renda foi o trabalho como pedreiro, atividade a que ainda hoje recorre para a complementação da renda familiar. Participando de feiras de artesanato na região, começou a divulgar o seu trabalho tanto regional quanto nacionalmente. Hoje, o Museu do Homem do Nordeste da Fundação Joaquim Nabuco, em Recife, possui uma coleção de aproximadamente 200 matrizes de sua autoria. Entre outras mostras, Givanildo participou do IV, V e VI Encontro Latino Americano de Folclore e Artesanato e, enquanto integrante da Associação de Artesãos de Bezerros, vende suas gravuras em lojas e feiras do Rio de Janeiro, Salvador, Recife, Olinda e Caruaru, além de Bezerros, cidade onde reside.
Objetos de decoração
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgE8-P_N7GpXUod7AHp0BxhQ3stTA2DJEBmiEbzF8Zhsagb1rSeQ8k2fxQm2ZxIgr-sfienXsahFINEi3-I52rb12xr30wwU2WxA1JuIS52kBzE5tAP30ZYFo59gGh5CCGNwFdr8G7DYcbK/s200/15_b.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgnzzDyxWRvm1u6CdgkKA1-GpPKn9AGclAnux6_orIhw5UhAXI-WC8fCPirOMycuzm1UKBvwRFiab3H6ydPszb0WQMDhB2HeqaF6jbsY3KOWkh0Klje16nM-ZY6BWxRmfPeQ3wA6uNmZm-S/s200/16_b.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3Do5Wtgo7FCN-GBdsbeHRlGbEkd1YwtlQp4JQoGCleFMPcTaP-PRyrnk_wMrY-BqotSlpab7jyoGweKbKDXNrx0hzqJVckLYPeo8IujJ6GXhrHJ_rDNU_yRhfRPCmnab5BcFndKKKnZym/s200/02_b.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjArK5C7TZvJhNxxvWa-An-C2gwADlQ1M1N1h4iQk6SyvAYxiKhjT-h9CRjGwEFdaSOFNa0j5_uNse8FbqbPzOwNYturkmY1HQaldvQWas99C3Sz9ABVreudbFxzv3OIru8fq5reSldjM0H/s200/01_b.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhD00lNUQTaV2fR-fn3dbajOonO0uXpXHFIY0bpRgvjXWGbX9Sjr4V2L3SRKrfZnsm-FtUhMnm6hjVQQJia4d89qPpF5Dxr1kylw9cfsxPtD3Q8fU5tL_b3lkKexwdnHrbwlToiTC379ehJ/s200/07_b.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhKYLJHP_8yZFdbpXMWbaQudSrL2C5cDzCM8OAxtASENpeZLkauJveZ9dq6RIzLJpS4INSpPjld5KEOfJ4hNDEr84Z1owypQdaYK0fhQEF4PQcDOY8Iy4nl83doV6Vi4pW6cbxLdZ_HDjuE/s200/18_b.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjyiUq0QQ6XS8PMkUWnP9C9GwYAcLvce40zclIrvFUtAjQ3KWx409b1S8RwXp2hYnE5ZmbjFJuUxEFHLnxyU-cDiYmq-vTszNzSnMKbjIuRgQxlAadY-eWdqbhKsheZJNNRDZYb_YkCOm21/s200/08_b.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgbpBforMHtwt7YIE2fms7K_caMM8oK1YaAuJFpSU4GhZeoIUzh9uQRFxHiLhgog_GWsgVxMJNhw7SmVaPZlkpjyw6NEqtsSsWeCeHsx44X3QJsiA7dqawG5pAkdfznG0RxivlD-XZoCM35/s200/12_b.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhtO_r5FvvRovvu1L0w2VnSTUJ7wu16yXi8HePfvy7LSwkjFQ3OfTJbB2T-xSP4SzmqGFNSGBnt-aIIintV6cZBhMQpTfMyqCGMhCRAY59L3UztQh_xWf6UMjE7WI-C88iPKutQLEM0hmjP/s200/11_b.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhEzpWSAC1g4Ou8g4LiWk3U5lbJeMZK1KAgFV_E1i2pHLguz9r38tlEaszcZBBF7csOFY2mNNwwRNhD5dWPCap5QPulUm_6aXu7-r7hebxPb2NfvcfDLexm1BL0IJFfL-Q6ZYmV-EV7csiG/s200/14_b.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiH4DScTYdcDPz-84UqZofd5BQy7bkeCEpTvTrsVNFQKZBH0g4xnZGeYmLzUyJRQw86jd2kUvXBuzQtqFlfigCTFIU4Ub2cUKEMSg12F51yCUzvg45PqfMCljsJ15fU_YjEwCVQllShNKnM/s200/10_b.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEic62uT5Krv-9Pud2M5WVgjyTI9TTAKNq0m7HTI4SS30MGBEo5FQ8xxtg-XY7Yvgr9oFMV09bIYKb7MI2fYTExM-pXElhN05JfM8u4R0u1WCn9mmqoavz7-KnSaxDqckxLx7qSW5tH4Auf4/s200/09_b.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg-pRHNcoQJEeQm4WhhPgDqchyphenhyphen6GEJ9S8gzKIFRQYAyPJTdLRVpiuAy8n1PgzCX0Z5xiD8ap9EYgH8C14P0Z04aK9mMwRM2uIADhyAsz1nNaEBXui2QsFOrbckFOx8IJy8HdklaDa-nStm_/s200/13_b_G.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEivoVpAg9a9TVodg5HcB1695eJp-lScGdcA5j4NJrtz4FmGKHrj1pzvvqXA8F2OjmqONaRONU4tROdFqT4IPeq8Ep1GKz5wqvMKRmfkrZXYqJQ5W93VJa-ZvaXFf5uv4TPzNJz3ZWV95_5p/s200/05_b_G.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjpWVjCccHNuPbKIWr4t4sPw-sndbzqqdHTRt6LAeQFdXBwiTgtYPsVr0ia8QKXErVeRb_nv6DXnGwxll8fwRXdeE9qmxM43k6F4gZWn99FtZDWA-tuASnSrQGmgnzK9r5az42NCPKvi55f/s200/06_b_G.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhx4lcbmdIUyX64UsnhU32z6nZ4yL1xMTeGWxXGD0nFJUWwviTP_60TvlC4vMLreo5v5iVpvvcRL1zb3sG3yxJSye4SfKuHhCjGAi5DqwY7XSQEbX-CKzRr0Bp3wxzr4dbaZBlmaNQjOFzK/s400/22_b.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg3Kccc3BqLMYfVMna91oZ4zMQ6lmUG9sZTThGLm3rUr5B-iv5JpR2dvp7CeIQVkuqH85DmQvN-RBrk9LCOpnpvgYo_uhZFrxbnorVHVLuWF3lK-P4_8dyxcDPzzMIZl2A7yGV5glmVX2Kq/s200/24_b.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEi3Obeydx26D6o0L5p-t4UUv9EneKEiQW45Ca43-HV1luGoan08etMIuuNZYZxKZkrxy3WzHtakA6MNOwVsY6WTEgPa8Qpyd0_qS1AKH0FCZ9z6xbxIpkzDs26sK1EYKKJa-9ySaJjOSb5w/s200/23_b.jpg)
CARUARU: barro expressão da identidade nordestina
Por Olívia Mindêlo
Elemento primitivo da natureza, tão caro à história da humanidade, o barro está no alicerce do imaginário popular do Nordeste, do Brasil. É a matéria-prima que ajudou a traduzir em linguagem visual aquilo de que muito livro foi incapaz: a essência da população nordestina, expressa a partir de uma relação visceral homem-barro. As mãos responsáveis por essa interface têm nome e endereço - Vitalino Pereira dos Santos (1909 – 1963), de Caruaru. Falar da cidade agrestina, sem lembrar o legado artístico do mestre, é como citar o Rio de Janeiro sem o Cristo Redentor.
Seus boizinhos e, sobretudo, sua arte figurativa de "bonecos" ajudaram não só a fomentar uma escola que sobrevive e é massivamente reproduzida até hoje no Alto do Moura, celeiro dos ceramistas populares de Caruaru, como foram responsáveis também por colocar a capital do forró no mapa mundial (há peças de Vitalino no Museu do Louvre, em Paris, por exemplo). Também por isso suas peças de barro colaboraram com a construção da nossa identidade cultural - raro o brasileiro que nunca tenho visto uma delas na vida; são obras presentes no nosso inconsciente coletivo. É que, mais do que um artista, o ceramista foi um antropólogo visual; um cronista de sua época, de sua sociedade, muito embora tenha morrido analfabeto e com uma pobreza desproporcional à fama.
CONTINUE LENDO
SAIBA MAIS
Assinar:
Postagens (Atom)